terça-feira, 11 de maio de 2010

Prazer, meu nome é amor, mas pode me chamar do que quizer..

uma ferida. pode ser que seja simples e amanhã não doa mais. pode ser que seja frescura e não seja nada grave. no outro dia continua, a dor é suportável, na ponta do dedo. uma semana passa, duas, a dor vai aumentando. não quero médicos, nem seguir conselhos de ninguém. tudo progride. aumenta, é como se um parafuso fosse sendo introduzido aos poucos, girando devagar. a dor é grande. não quero médicos, não preciso deles. eu cuido de mim mesma. eis que um dia caí na real, essa dor tinha nome. muitos conhecem e por isso me alertaram talvez, ou pode ser que fosse apenas achismo. sei que quando descobri que o nome disso era amor me senti um pouco deslocada, solta. imaginei amor como algo doce e que não fosse tão dolorido. há quem diga que ele concerta muitas coisas, outros o comparam à felicidade eterna e mostram inúmeros benefícios. sorriem por ele. há quem diga que ele é um sentimento. eu materalizei em um parafuso, acho que cada um o materializa da forma que ele chega pra essa pessoa. hoje estou na fase de retirada, de rotação inversa desse parafuso. quero tirá-lo das pontas dos dedos, estou tentando não ter que amputar esse dedo, salvá-lo da perda. isso tudo porque o amor, o intrometido do amor veio machucá-lo. e a culpa de tudo isso é de outro órgão, do coração, que atraiu esse amor como se fosse algo bom, mas acho que dessa vez ele aprende, não deixe repetir, ou então que consulte antes de deixar vir outra materialização de amor tão cruel. por mais que pareça sem nexo, acho que só eu sei o que estou pensando, sentindo e vivendo!

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