segunda-feira, 30 de agosto de 2010


Eu pago micos, e daí? tenho crises inexplicaveis, pulo, grito, caio, bato a cabeça e crio galos nela, as vezes a euforia passa e eu me deixo ficar quietinha, me sinto em paz, me tranquilizo. E eu faço caretas, daquelas que quando você vê, já fez. Eu falo coisas sem sentido, crio realidades malucas, contexto tudo e concordo com tudo, do meu jeito. Eu me atiro de cabeça nas coisas, nos planos, nos sonhos, no amor, nas amizades. Mas as vezes eu canso e fico meio cuidadosa com os passos que dou. E eu reparo em detalhes feios, em coisas sem a mínima importancia e não saio por aí dizendo que são detalhes apreciáveis, não são. Vivo correndo e me escondendo de bichos, de pessoas, de tarefas. Vivo me escondendo de mim, só pra eu poder me achar depois. Sempre acho algo, por mais escondido que esteja e nunca é o que eu preciso. Encontro os papeis que joguei fora, encontro as fotos que nunca vi e os sonhos que esqueci de realizar. Encontro tudo e não acho nada. Eu falo palavrões, todos eles. Eu quebro coisas, arrumo coisas sem saber como, eu me enrolo pra fazer tudo. Eu cobro de mim e vivo errando. Repito erros também. Eu falo mal da vida alheia, e bem também. Eu vivo sendo pseudo-intelectual, e não gosto de gente assim. Eu julgo os outros, certo ou errado, eu julgo. E me divirto com isso tudo. Chorar as vezes é um tipo de terapia que não funciona, mas rir, ah, rir verdadeiramente cura tudo. Eu ouço desculpas e justificativas por horas e não me comovo, mas me faça rir e você me terá a merece. Eu conto piadas bobas que ninguém entende(nem eu), mas conto. E dou muita risada de mim mesma, mas, principalmente, dos outros. E nos outros, eu gosto de tudo aquilo que me persegue, que me faz pensar que foram feitos pra mim, e gosto de cada coisa que faz uma pessoa ser totalmente diferente da outra. E de alguns eu gosto com data marcada, com horário limitado, gosto hoje, amanhã não mais. E tem outros que eu gosto indefinidamente, na chuva ou no sol, sem muitas explicações. Eu gosto de morango, de água gelada nos dias em que tudo que eu preciso é água gelada, gosto de frio e calor na medida certa, e na errada também. Gosto de filme bom, seja ele obra-prima ou lixo-da-década, eu gosto. E gosto de imaginar uma história pra tudo. Eu gosto. Gosto do jeito que eu gosto, e do jeito que eu não gosto. Só não gosto quando eu gosto demais, ou quando não gosto tanto, ao ponto de não suportar. E isso acontece sempre. Mas eu não me importo.

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