sexta-feira, 9 de julho de 2010

É uma daquelas coisas que você aprende na frente do espelho, olhando fundo em olhos desconhecidos. uma das coisas que você aprende quando está num labirinto e precisa escolher por onde começar. ou quando você não espera que tudo vá desabar em menos de segundos, e desaba. não faz diferença os 'acasos', você tem que chegar ao fim. hoje, amanhã, depois, tanto faz. mas não dá pra parar e esperar que o fim venha até você, justamente porque ele vem. todos aqueles rasgos vão acabar ficando pra trás e as cicatrizes, não vão te fazer sentir dor alguma, isso arde tanto. eu só queria continuar sofrendo, pra ter a certeza de que há vida. continuar lamentando, me enfurecendo, me culpando, queria saber enxergar os olhos de alguém, não apenas íris, pupila, lágrima. é uma daquelas coisas que você aprende quando a dor te ensina a não sentir mais, uma das coisas que você descobre quando diz adeus e o eco responde. outro dia, quem sabe, eu possa voltar e dizer o quanto tudo foi encantado, contar que também já sonhei e que minhas ilusões foram reais, outro dia. e eu queria tanto depender de você. mas agora eu não estou mais lá, foi tão tarde, e eu já não compreendo tantas coisas. eu queria acreditar em você, mas me explique, como é que você diz 'eu te amo '? (me deixa sozinha um tempo).

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