sábado, 26 de junho de 2010

- Senti vontade de correr por aí, sentir um pouco da brisa noturna, do frio que faz nas madrugadas, senti vontade de correr sem dar satisfação, até porque na madrugada as ruas da cidade ficam calmas e olhares que derrubam são extintos. Então, respirei, pensei, repensei, fui impulsionada por uma forte onda de coragem, e corri, me entreguei àquele vento gelado de uma linda madrugada de verão, avistei uma estrela conversando com a lua, vi uma coruja enamorado a outra, corria como corre um louco apaixonado desesperado para não deixar a moçinha embarcar no próximo voo. Cheguei a um lugar - nem sabia que espécie de lugar era aquele, certifiquei-me que ninguém ali me reconheceria, ganhei uma bala de chocolate de uma moça, e depois corri novamente. Ora, será que corri todas aquelas léguas, só para ganhar uma bala de uma desconhecida (?), talvez tenha sido porque eu precisava mesmo desse desvaneio, mas o que gostei mesmo foi do diálogo entre a lua e a estrela, era de uma confiança admiradora, como as minhas conversas com a minha estrela. E aquilo me fez rir, me fez querer correr outras vezes, mas, dessa vez para um lugar menos estranho, e mais seguro. Uma certeza eu tinha, se eu me perdesse pelo caminho, a estrela me guiaria, como ela sempre faz ... e depois de tudo isso, certamente, eu acordei.

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